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https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26559
Tipo: | Tese |
Título: | Como Djélis: educação, religiosidade e afroafeto em narrativas de resistência |
Autor(es): | Vergne, Sandra Aparecida Gurgel |
Primeiro Orientador: | Brito, Ênio José da Costa |
Resumo: | Esta pesquisa nasce do encontro com narrativas de educadoras negras e da criação de possibilidades de enfrentamento ao racismo no espaço escolar através de práticas que incluem o afeto e a ancestralidade. Busco, através da bricolagem, costurando, tecendo, juntando o que está silenciado, discutir acerca do que tem se produzido no campo da educação, que vem sendo atravessada historicamente pelo viés religioso. O cenário é a região metropolitana do Rio de Janeiro, com foco na Cidade de Maricá. Atualmente, na região, ocorre um atravessamento político-religioso, de incentivo à prosperidade econômica individualista e de demonização das religiões de matriz africana. Trago, porém, a perspectiva de educadoras e coletivos que experimentam a transformação através de práticas que propõem outras perspectivas, mais sociais, coletivas e solidárias. Ao fazermos o percurso histórico em relação à questão racial em nossa história, identificamos uma correlação de forças entre racismo e religião, em especial nos espaços escolares públicos. Para analisar essa dinâmica, utilizo o referencial de autores do campo da ciência da religião, das ciências sociais e de escritos pós-coloniais, para propor uma perspectiva em educação que possa incluir a prática de djelis como estratégia de resgate de identidade e ancestralidade de nossa população negra, bem como de efetivação da lei nº 10.639/2003, que altera a Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), nas escolas públicas. Ao me deparar com as narrativas de educadoras e educadores em sua área de atuação, vi-me à frente de um currículo que trasbordava ao prescrito e tomava forma, tanto na perspectiva das dificuldades, pela reprodução de preconceitos, quanto nas estratégias de construção inclusiva do cosmo-afeto através da pedagogia de griots, vivenciada no dia a dia no processo educacional. Desta dinâmica de encontros, através do Coletivo Afroencantamento, tem sido possível partilhar dores e curas entre educadoras negras que, em suas práticas cotidianas, provam da possibilidade de permitir narrativas de criação e superação das marcas do racismo |
Abstract: | This research is born from the encounter with narratives of black educators and the creation of possibilities to confront racism in the school space through practices that include affection and ancestry. I seek, through diy, sewing, weaving, joining what is silenced, to discuss what has been produced in the field of education, which has been historically crossed by religious bias. The setting is the metropolitan region of Rio de Janeiro, focusing on the City of Maricá. Currently, in the region, there is a politicalreligious crossing, encouraging individualistic economic prosperity and demonizing african-matrix religions. I bring, however, the perspective of educators and collectives who experience transformation through practices that propose other perspectives, more social, collective and solidary. By making the historical journey in relation to the racial issue in our history, we identify a correlation of forces between racism and religion, especially in public school spaces. To analyze this dynamic, I use the reference of authors from the field of religion science, social sciences and postcolonial writings, to propose a perspective on education that can include the practice of djelis as a strategy to rescue the identity and ancestry of our black population, as well as the implementation of law no. 10,639/2003, which amends Law No. 9394/96 – Law of Guidelines and Bases of National Education (LDBN), in public schools. When I came across the narratives of educators and educators in their area of activity, I found myself at the forefront of a curriculum that went into the prescribed and took shape, both from the perspective of difficulties, by the reproduction of prejudices, and in the strategies of inclusive construction of the cosmoaffection through the pedagogy of griots, experienced in the day-to-day educational process. From this dynamic of meetings, through the Afroenchantment Collective, it has been possible to share pains and cures among black educators who, in their daily practices, prove the possibility of allowing narratives of creation and overcoming the marks of racism |
Palavras-chave: | Educação Religiosidade Afrosentido Education Religiosity Afrosense |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA::OUTRAS SOCIOLOGIAS ESPECIFICAS |
País: | Brasil |
Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Sigla da Instituição: | PUC-SP |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Ciências Sociais |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião |
Citação: | Vergne, Sandra Aparecida Gurgel. Como Djélis: educação, religiosidade e afroafeto em narrativas de resistência. 2022. Tese (Doutorado em Ciência da Religião) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/26559 |
Data do documento: | 14-Jun-2022 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião |
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