Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/22268
Tipo: | Tese |
Título: | Razão de Estado e Razão Governamental: uma análise comparada entre a razão de Estado em Maquiavel e a razão de Estado como governamentalidade em Michel Foucault |
Autor(es): | Souza, Ivan Clementino de |
Primeiro Orientador: | Fonseca, Márcio Alves da |
Resumo: | A presente tese tem como objetivo estabelecer uma análise comparada entre a razão de Estado em Maquiavel e a razão de Estado como governamentalidade em Michel Foucault. Por meio dessa análise comparada, objetiva-se identificar as razões pelas quais Foucault não reconhece Maquiavel como um teórico da razão de Estado, considerando que toda a tradição política clássica atesta esta posição ocupada pelo filósofo. Busca também verificar se é possível identificar algo de novo decorrente dessa comparação entre essas duas perspectivas acerca da razão de Estado, correspondente a diferentes representações de poder, e na mesma medida, aprofundar o enfoque de Foucault, cuja preocupação principal recai sobre o governo das condutas, em contraposição ao conceito formulado originariamente por Maquiavel. A pesquisa se justifica pela relevância do pensamento de Michel Foucault para a compreensão das novas estruturas de poder desenvolvidas entre os séculos XVI e XVIII no Ocidente, a partir de uma concepção de poder como “governo das condutas”. A metodologia empregada será basicamente hermenêutica, cujos instrumentos utilizados serão os textos que resultam dos cursos proferidos por Michel Foucault na década de 70 e os livros publicados no mesmo período. Para a compreensão do tema foi necessário formular o conceito de razão de Estado em Maquiavel e confrontar com a razão de Estado como governamentalidade em Michel Foucault, destacando as duas representações de poder, estratégica e teórica, analisadas pelo filósofo francês. Os resultados obtidos, denotam que a leitura de Foucault sobre esse período, sobre esse modo de composição, essa nova economia de poder traz o governo como suplemento da soberania. A razão de Estado como governamentalidade é carregada de novos elementos que em Maquiavel ainda não estavam presentes. Quando Foucault anuncia a razão de Estado como forma histórica de governamentalidade, já não enxerga a razão clássica, mas a razão clássica carregada das novas técnicas de governo das condutas que serão entrelaçadas ao poder soberano |
Abstract: | The present thesis has as the main achievement to establish a comparative analysis between the State Ratio according to Machiavelli and the State Ratio as governmentality according to Michel Foucault. Using this comparative analysis, the goal here is to identify the reasons why Foucault does not consider Machiavelli as a State Ratio theorist, considering that all the classic politics tradition recognizes this position occupied by the philosopher. Moreover, this research seeks to verify whether it is possible to identify something new which could be originated from this comparison between these two perspectives about the State Ratio, corresponding to different representations of power, and to the same extent, deepen Foucault’s point of view, whose main concern applies to the governance behavior, in opposite to the concept originally formulated by Machiavelli. This research is justified by the relevance of Michel Foucault thought for the comprehension of the power new structures developed between the XVI and XVII centuries in the West, based on the concept of power as “the governance of behavior”. The methodology used will be hermeneutics basically, and the instruments used will be the lectures which were transformed in texts collected from Michel Foucault’s courses in the 70’s, in addition the books which were published during the same decade. Aiming the research theme comprehension, it was necessary to formulate the concept of State Ratio by Machiavelli and confront it with State Ratio as governmentality by Michel Foucault, focusing both representations of power, strategic and theoretical, analyzed by the French philosopher. The results which were obtained present that Foucault’s comprehension about this period, about this type of composition, this new power economy, brings the government as a sovereignty supplement. The State Ratio as governmentality is loaded with new elements which were not in Machiavelli’s thought yet. When Foucault announces the State Ratio as a historical governmentality form, he does not see the classic ratio, but the classic ratio loaded with new governance behavior techniques which will be intertwined with the sovereign power |
Palavras-chave: | Razão de Estado Governamentalidade Machiavelli, Niccolò [1469-1527] - Crítica e interpretação Foucault, Michel [1926-1984] - Crítica e interpretação Ciência política - Filosofia State Ratio Governmentality Machiavelli, Niccolò [1469-1527] - Criticism and interpretation Foucault, Michel [1926-1984] - Criticism and interpretation Political science - Philosophy |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Sigla da Instituição: | PUC-SP |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Direito |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Direito |
Citação: | Souza, Ivan Clementino de. Razão de Estado e razão governamental: uma análise comparada entre a razão de Estado em Maquiavel e a razão de Estado como governamentalidade em Michel Foucault. 2019. 107 f. Tese (Doutorado em Direito) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Direito, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2019. |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/22268 |
Data do documento: | 16-Abr-2019 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Direito |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Ivan Clementino de Souza.pdf | 713,73 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.