REPOSITORIO PUCSP Teses e Dissertações dos Programas de Pós-Graduação da PUC-SP Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica
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dc.creatorBohn, Marcos Beck-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5535541596914471pt_BR
dc.contributor.advisor1Santos, Rogério da Costa-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4983570722211746pt_BR
dc.date.accessioned2023-06-01T18:09:11Z-
dc.date.available2023-06-01T18:09:11Z-
dc.date.issued2020-04-14-
dc.identifier.citationBohn, Marcos Beck. O hábito audiovisual: o abandono da possibilidade de ação imediata como modo de conduta. 2020. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/32595-
dc.description.resumoEste trabalho se dedica ao que busca conceituar como hábito audiovisual. Para que tal hábito se constitua, no modo aqui considerado, a primeira condição necessária é a existência de uma relação de imobilidade relativa entre indivíduo e aparelho audiovisual. Seguindo o pragmatismo de Peirce, que considera a concepção de um objeto como a totalidade dos efeitos da concepção sobre a conduta do objeto conceituado, define-se a relação pessoa-audiovisual precisamente a partir da verificação fenomenológica de que tal relação de não movimento entre pessoa e aparelho tem ocorrido como manifestação observável. Em uma segunda etapa, elaboram-se considerações sobre a possível generalidade de tal relação, o que faria dela não mais múltipla instância tópica, mas predicado insuficiente para a identificação dos indivíduos que o partilharem. Como terceiro ponto embasado no enfoque peirciano, busca-se compreender a formação de um – assim considerado e aparentemente estabelecido – hábito audiovisual. Em seguida, parte-se para reflexões sobre o processo perceptivo quando em face de aparelhos audiovisuais. Para isso, segue-se o entendimento bergsoniano da percepção, que a vê como uma medida da possível ação sobre as coisas e das coisas sobre o ente que percebe. Em tal reciprocidade, seres vivos conscientes passam a ser centros de indeterminação, pois, segundo Bergson, adquirem capacidade decisória sobre eventuais ações a ser empreendidas no mundo material – processo em que as afecções, espécie de esforço do corpo sobre si mesmo, seriam componente fundamental. Entretanto, diante do audiovisual, as imagens percebidas deixam de apresentar a materialidade que lhes é inerente no mundo material. Uma vez que parece deixar de haver possibilidade de ação materialmente imediata em tal situação, a reflexão conjectura se haveria algum contrassenso perceptivo para o ser que nela se coloca. Por fim, sendo a pesquisa majoritariamente dedicada à relação humana com imagens audiovisuais, a abordagem deleuziana do que seriam imagens-movimento é, em certa medida, considerada: notadamente, no aspecto que aqui mais relevante se considera, o da ausência de materialidade imediata nas imagens apresentadas por aparelhos audiovisuais. Ainda que Deleuze atribua a descoberta de uma imagem-movimento a Bergson, afirmando haver em seu pensamento a noção do universo material como um metacinema, a leitura comparada entre trechos originais de Bergson e a interpretação que Deleuze lhes dá sugere haver algum nível de extrapolação na aplicação deleuziana do pensamento bergsoniano. Não obstante, mantémse à tona o conceito de metacinema: não mais como abarcando a totalidade do universo material, mas como mundo em que o abandono da possibilidade de ação imediata parece ser modo de conduta. Um mundo de hábito audiovisual, mundo como metacinemapt_BR
dc.description.abstractThis work is dedicated to what it intends to conceptualize as an audiovisual habit. For such a habit to be constituted, in the way as considered here, the first necessary condition is the existence of a relation of relative immobility between individual and audiovisual apparatus. Following Peirce's pragmatism, which considers the conception of an object as the totality of effects of the conception on the conduct of the conceptualized object, the personaudiovisual relation is defined precisely from the phenomenological verification that such non-movement relation between person and apparatus has occurred as an observable manifestation. In a second stage, considerations about the possible generality of such a relation are elaborated, which would make it no longer a multiple topical instance, but an insufficient predicate for the identification of individuals who share it. As a third point based on the Peircean approach, it is intended to understand the formation of an – thus considered and apparently established – audiovisual habit. Then, reflections on the perceptual process when facing audiovisual devices are developed. For that, the Bergsonian understanding of perception is followed, which sees it as a measure of the possible action on things and of things on the entity that perceives. In such reciprocity, conscious living beings become centers of indeterminacy, because, according to Bergson, they acquire decision-making capacity over eventual actions to be undertaken in the material world – a process in which the affections, a type of body effort on itself, would be a fundamental component. However, in face of the audiovisual, the perceived images no longer present the materiality that is inherent to them in the material world. Since there seems to be no longer any possibility of materially immediate action in such a situation, the reflection conjectures whether there would be any perceptual contradiction for the being who is placed in it. Finally, once the research is mostly dedicated to the human relation with audiovisual images, the Deleuzian approach to what would be movement-images is, to some extent, considered: notably, in the aspect that is most relevant here, the absence of an immediate materiality in images presented by audiovisual devices. Although Deleuze attributes the discovery of a movement-image to Bergson, claiming that there is in his thinking the notion of the material universe as a metacinema, a comparative reading between Bergson’s original passages and the interpretation that Deleuze gives them suggests that there is some level of extrapolation in Deleuzian application of Bergsonian thought. Nevertheless, the concept of metacinema remains afloat: no longer as encompassing the totality of the material universe, but as a world in which the abandonment of the possibility of immediate action seems to be a mode of conduct. A world of audiovisual habit, a world as metacinemaen_US
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPESpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherPontifícia Universidade Católica de São Paulopt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artespt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsPUC-SPpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semióticapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectMetacinemapt_BR
dc.subjectHábitopt_BR
dc.subjectAudiovisualpt_BR
dc.subjectPercepçãopt_BR
dc.subjectImagempt_BR
dc.subjectMovimentopt_BR
dc.subjectMetacinemaen_US
dc.subjectHabiten_US
dc.subjectAudiovisualen_US
dc.subjectPerceptionen_US
dc.subjectImageen_US
dc.subjectMovementen_US
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAOpt_BR
dc.titleO hábito audiovisual: o abandono da possibilidade de ação imediata como modo de condutapt_BR
dc.typeTesept_BR
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