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https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/16670
Tipo: | Dissertação |
Título: | De que forma as coisas que nós fazemos são contadas por outras pessoas? um estudo de correspondência entre comportamento não verbal e verbal |
Autor(es): | Pergher, Nicolau Kuckartz |
Primeiro Orientador: | Andery, Maria Amália |
Resumo: | A correspondência entre o comportamento não verbal e comportamento verbal tem sido estudada já há vários anos. O objetivo do presente estudo foi averiguar possíveis variáveis que podem interferir na precisão de relatos sobre o comportamento não verbal de outros indivíduos. Participaram desse estudo 12 crianças, entre 4 e 6 anos, de uma creche pública. Foram sorteadas duas duplas, nas quais um dos participantes brincava e outro ficava observando, e dois quartetos, nos quais dois participantes brincavam e dois deles observavam. Cada sessão experimental era composta por (a) um momento de brinquedo, quando as crianças podiam brincar com até 3 brinquedos (de um total de seis) enquanto eram assistidas pelos observadores, por (b) um momento de relato e, eventualmente, por (c) um momento de sonda. As crianças que brincavam em cada dupla relatavam sobre seu próprio comportamento; todas as demais relatavam sobre os brinquedos utilizados por um dos colegas que brincava. Durante todo o estudo variaram apenas as contingências no momento de relato. Todos os participantes passaram inicialmente por sessões de linha de base, nas quais os relatos não eram consequenciados e, depois, passaram a ter um conteúdo específico de seus relatos («brincou» ou anão brincou) reforçados em sessões de relato individual, seguidas por sessões de relato na presença de outros participantes, nas quais eram reforçados os relatos com o mesmo conteúdo das sessões anteriores. Foi introduzida, então, uma fase de reforçamento da correspondência, na qual apenas os relatos correspondentes aos brinquedos efetivamente manipulados eram consequenciados. Os resultados mostraram que 10 dos 12 participantes emitiram relatos correspondentes na linha de base. Com a introdução do reforçamento individual do conteúdo, 5 participantes passaram a emitir relatos não correspondentes, aumentando a ocorrência de relatos que continham o conteúdo que estava sendo reforçado. Na fase de reforçamento de conteúdo em grupo, 5 outros participantes também passaram a emitir relatos não-correspondentes. Ao introduzir o reforçamento do relato correspondente, os participantes tenderam a continuar a emitir relatos não-correspondentes, a despeito da perda de reforçamento. Apenas nas sessões finais, nas quais foram utilizadas confirmações e desconfirmações dos relatos, todos os participantes relataram predominantemente de forma correspondente. Os resultados sugerem que os participantes tendem a relatar de forma correspondente o comportamento de outros indivíduos quando não existe reforço contingente a algum conteúdo específico. Características do comportamento não verbal, como sua duração ou variabilidade, parecem não ter interferido na precisão dos relatos. Não foram encontradas diferenças claras entre os relatos daqueles que tiveram que brincar e observar em relação aqueles que apenas observaram o brincar dos colegas. Durante as sessões de relato conjunto, ter acesso ou não à situação relatada não gerou diferenças nos padrões de relato, apenas nas verbalizações espontâneas dos participantes. As contingências programadas para o relato sobre o colega afetaram também o auto relato |
Abstract: | Correspondence between non verbal and verbal behavior is a well established research area in behavior analysis. The aim of the present study was to investigate some variables that may influence the accuracy of reports about other individuals' non verbal behavior. Twelve children, between 4 and 6 years of age, of a public kindergarten participated in the present study. Participants were distributed in two pairs - in which one child played and the other observed the first one - and two quartets, in that two children played and two observed. Each experimental session had (a) a play period, when the children could play with up to 3 toys (from a total of 6) while they were observed, (b) a reporting period and, occasionally, (c) a probe. The children that belonged to pairs and were assigned to play were asked to report their own behavior; all of the other participants were asked to report about the chosen/ not chosen toys of one other child. All of the participants were exposed to baseline sessions, when reports about the manipulated toys were made without differential consequences. After that, children were exposed to sessions when a specific content of their reports («played or «didn't play) was reinforced individually. During the following phase the same contingencies were maintained but reports were made in groups. It was then introduced a condition when only reports that were correspondent to the toys actually manipulated were reinforced. Results showed that 10 of 12 participants emitted corresponding reports during baseline. When content of reports were individually reinforced, 5 participants started to report without correspondence. When the content of reports was reinforced in group, 5 other participants also started to emit non-corresponding reports. When the reinforcement of correspondent reports was introduced, participants tended to continue to report non-correspondingly. Only in the final sessions, after the introduction of verbal cues (confirmation and/or disconfirmation), participants again emitted corresponding reports. Also, characteristics of the non verbal behavior such as duration or variability, seem not to have interfered with the accuracy of the reports. There were no of differences in the verba1 reports of the children who played and those who observed between those who played and observed in relation to those who observed the classmate playing only. When reports were made in the presence of other participants that had access to the situation that was being reported there were not differences in the report patterns. Results indicated also that contingencies in effect for the report of other person's non verbal behavior may have effects on self-reports |
Palavras-chave: | Correspondência entre dizer e fazer Reforçamento Crianças Verbal behavior Relation between verbal and non verbal behavior Correspondence between saying and doing Reinforcement Children Comportamento nao verbal (Psicologia) Comportamento verbal |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA::PSICOLOGIA EXPERIMENTAL |
Idioma: | por |
País: | BR |
Editor: | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
Sigla da Instituição: | PUC-SP |
metadata.dc.publisher.department: | Psicologia |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento |
Citação: | Pergher, Nicolau Kuckartz. De que forma as coisas que nós fazemos são contadas por outras pessoas? um estudo de correspondência entre comportamento não verbal e verbal. 2002. 174 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2002. |
Tipo de Acesso: | Acesso Restrito |
URI: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/16670 |
Data do documento: | 30-Nov-2002 |
Aparece nas coleções: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento |
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